dash

sábado, 31 de julho de 2010

Hipocrisia à brasileira

Eu já tinha postado no meu twitter sobre esse assunto mas eu to empolgado para postar aqui.

Recentemente foi divulgado uma pesquisa que mostrou o óbvio: o Brasil é um dos países mais desiguais da America do Sul. Um brasileiro não precisaria de uma pesquisa que custasse milhões em dinheiro gasto em pessoal e material para pesquisa só pra saber que essa porra aqui tá crítica de se viver. Temos que resalvar que nos últimos anos o brasil tem melhorado na condição de vida, tem permitido mobilidade social, mas o que não se permite aqui é vergonha na cara.

Não é de hoje que vejo nos blogs, orkut, twitter e outras redes sociais comunidades zuando alguns lugares do país, algumas pessoas ou os pretos. Nessas horas todo mundo argumenta que é só uma brincadeira de leve e que não há preconceito e que somos todos irmãos.

Tá certo.

Mas o engraçado é que quando resolvem zuar conosco, ninguém gosta. Claro! Quem que vai gostar de ser zuado? Nínguém. O problema não tá no gostar ou deixar de gostar, mas sim nos argumentos usados contra a zuação e no coitadismo que parece ser de sangue. Zuar brasileiro é pecado. Stallone que o diga.

Recentemente o ator e diretor sofreu com o movimento "CALA BOCA STALONE!" por ter feito um comentário sobre o brasil. Robin Williams também foi outro que sofreu na unha brazuca por ter dito no programa de david letterman que o brasil só ganhou a sede das olimpíadas por ter levado drogas e putas.

Mas dentro do território tupiniquim as coisas são diferentes. Em são paulo todos que vem do nordeste são bahianos (escrito com H ainda =/); no rio de janeiro os nordestinos são paraíbas; lembro também que existe a ideia de que baiano é preguiçoso, gaúcho é viado, cearense tem cabeção e só sabe fazer humor; preto aqui sofre. Mas por que ninguém faz movimento nas redes sociais contra essas "brincadeiras"? Por que podemos curtir com a cara dos nossos irmãos mas os outros de fora não? Aliás, muito do que é dito aqui, mesmo em tom de ironia (que esconde a verdade, claro) ou de brincadeira tem um fundo de verdade. Então por que essa zuada toda? ninguém pode ser zuado não?

Existe aquele velho ditado popular: "quem com ferro fere, com ferro será ferido" também tem outro que diz "pimenta nos olhos dos outros é refresco". Se vai zuar, fique ciente que será zuando também, se vai humilhar, vai ser humilhado também. Deixemos dessa hipocrisia e vamos ser felizes.

Fica a dica

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sem nada pra dizer

Antes éramos jovens fedorentos que tocavam guitarra com som sujo; éramos jovens que fumavam, ouviam bandas de drogados com tendências suicídas; éramos uma mistura podre de punk rock, musica country, rock tradicional, um pouco de pegada heavy metal meio hard rock; éramos uma cambada imunda que não estudava, não trabalhava e não era nada para a sociedade.

Hoje vestem nossas camisas flaneladas com calças rasgadas como se estivessem usando um traje finíssimo e ainda fazem questão de se encherem de cores; hoje é sagrado tocar Breed, smells like teen spirits, Man in the box, Blackhole sun, Rooster e outras musicas do grunge em rodinhas de raves, boates ou de fundo de shopping com os miguxos.

O grunge hoje é moda.

A frase popular "do lixo ao luxo" é perfeita para definir o que é o vestuário grunge no mundo da moda e todo mundo quer pagar de cult querendo ser grunge, mas se todos soubessem o que é ser "mendigo", ninguém aceitaria essa ideia, ninguém vestiria camisa flanelada e ninguém desejaria ser um "ninguém".

Mas se pensam que ser grunge é gostar só de nirvana, vestir camisas ridículas, feder e se drogar, TÁ ERRADO! Ser Grunge é a coisa mais dificil do mundo. Porque ser grunge é ser você mesmo. Você teria coragem? "Am I wrong? have i run too far to get home, yeah!(...) If I would, could you?" ♪

Fica a dica

sábado, 17 de julho de 2010

Alma Rara..

Saudosismo surreal

Eis que a melancolia agora bate diariamente na minha porta.
Eu sinto falta de momentos que estive e vivi com o #grunge!
Talvez tenha me tornado menos mórbido e menos fatalista...
Encontrei um novo ser dentro de mim mesmo, com mirabolantes aliases e uma pintada (não a da onça) mas de sarcasmo.
Quantas madrugadas, tardes e noites, debatendo sobre o NADA, sobre o nada que somos diante da imensidão de questionamentos e vazios que temos dentro de nós...
Quantos domingos não passaram sem nos lembrar o velho tédio e o marasmo?
Quantos medos, dores e quantos assuntos banais debatemos diariamente? Simplesmente porque preferimos essas doses de ilusões diárias e depois vamos no esvaziando na realidade de um gole de Dreyer...Sua mente deu duro para fugir do sistema, tome DREYER!
Discutimos estilos, bandas, personagens, filmes, pessoas, etc...Mas não discutimos a grande chama existencial que queima dentro de nós mesmo
E saibam, parte da minha chama existencial se apaga, cada vez que esse saudosismo surreal invade-me a sentir falta do que eu "não" conheço...
Essa onda de sentimentos virtuais e de seres imaginários é um verdadeiro Trojan, que se instala em meu peito e não há formatação que dê jeito...
Eu sinto mais por vocês, do que pelo minha vizinho do lado, não seria isso paradoxal? E uma crítica, a vivermos cada vez mais isolados da realidade e mais inerente a uma rede fantasias de sentimentos e seres virtuais?