dash

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

//

Durante anos não conseguimos falar de outra coisa. Nossa conduta diária, dominada até então por tantos hábitos lineares, começara a girar, de repente, em torno de uma mesma ansiedade comum. Os galos do amanhecer nos surpreendiam tentando ordenar as numerosas casualidades encadeadas que tornaram possível o absurdo, e era evidente que não o fazíamos por um desejo de esclarecer mistérios, mas porque nenhum de nós podia continuar vivendo sem saber com precisão qual era o espaço e a missão que a fatalidade lhe reservara.

;crônica de uma morte anunciada