dash

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A mais bela bunda da cidade

Começou quando me metera numa briga por algum motivo que não me recordo mais... para dizer a verdade, brigas, em geral, apenas demonstram quão ridícula a pessoa é ou pode ser. O fato é que eu estava lá, sóbrio, talvez louco, perdendo meu tempo. Ao ponto em que, passados longos minutos, já não queria mais discutir, desistindo daquele diálogo egocêntrico subconsciente.

Entra uma mulher, rija e esbelta, senta-se e pede algo ao barman. Deixei os idiotas para lá, voltei-me ao balcão e pedi uma cerveja - naquele momento eu beberia até água. Fitava-a com grande entusiasmo. Que bela bunda, pensei. Atração a primeira vista? Normal. Mas aquela mulher tinha algo especial, algo que ia além da bunda sedutora... Por um momento não consegui tirar os olhos dela, como um predador encara sua presa. Decidi sentar-me ao lado dela.
- Qual o seu nome?, perguntei.
- Raquel, mas me chamam de Ra. Nós nos conhecemos?
- Ainda não.

Ela riu e seguimos conversando por horas. Eu, ela e a bunda mais linda da cidade!

No fim da noite, ou início da manhã, ainda estávamos lá, quase de partida, entretanto. Perguntei se ela queria uma carona, ela recusou, não entro em carro de estranhos, disse. Aproximei-me e a beijei, enquanto apertava seu grande e formoso rabo. Ela mordeu meus lábios e se soltou.

- Tenho que ir! De verdade.
- Não te impedirei, retruquei.
- Até outro dia, mandou um beijo e saiu.
- Eu te amo! Tchau.

Talvez eu não a visse novamente, mas a amava... ela e a bunda que ela carregava. A bunda mais bela da cidade.

Entrei no carro. No fundo eu sabia que nos encontraríamos de novo, isso me confortava. Dei partida e saí noite-amanhecida a fora. Apenas um pensamento na cabeça.

domingo, 19 de agosto de 2012

valentine

Em determinadas ocasiões que se tornaram cada vez mais corriqueiras, eu deixava as oportunidades passarem, fugirem de mim. Nos momentos que sucediam essas fugas, não parecia tão ruim, mas a culpa e arrependimento vinham no dia seguinte. Não importava quão bebado eu estava, não importava quão ridícula e fácil fosse a oportunidade... eu continuava desperdiçando-as. Uma interminável porção de areia movediça se formava em minha mente e eu tentava SAIR de lá, eu tentava, eu tentava, não queria afundar, mas lutar era em vão, quanto mais eu me debatia para me salvar, mais eu afundava, mais eu estava morto. Repetidamente.

Acontecia também quando as oportunidades eram em forma de mulher, sempre escapavam. E o arrependimento vinha e a bebida não era suficiente para esquecer e os cigarros não eram suficientes para acalmar e nada parecia ser suficiente para confortar mais uma oportunidade perdida.

Dizem que só se tem uma grande chance na vida, eu já desperdicei diversas delas. E continuo sendo enterrado pela maldita areia movediça...


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

5 anos

O quanto mudamos em 5 anos? Eis o Eu de 5 anos atrás:

Dentro da minha mente eu sou,
eu sou,eu sou...
Dentro da minha mente eu me afugento
de coisas terriveis que existem.

[Chorus]
Nós somos o que queremos
e nao o que somos...
Eu nao quero ser assim,nao,nao quero!
Escondido por trás dessa máscara.

Mas me deixe,
Estou morrendo,ja nao sinto-me o mesmo
Eu nao quero ajuda,vá embora
Em breve serei apenas uma lembrança
Um drogado,um drogado,um drogado

Nós somos o que queremos
e nao o que somos...
Eu nao quero ser assim,não,não quero!
Escondido por trás dessa máscara.