dash

domingo, 21 de outubro de 2012

Desespero

de repente a calmaria passa e um sentimento estranho surge, não é um sentimento normal, não é amor ou excitação ou felicidade ou tesão, sequer é bom, mas também não é medo ou tristeza ou solidão, é novo, é fascinante e desolador, o desespero paralizante. não o desespero da dor ou de uma fobia ou de algo simplesmente dando errado. apenas um desespero do tempo, como se o mundo estivesse numa ampulheta de cinco segundos, e você o vê se diluindo a nada no andar de baixo. a respiração fica ofegante e o coração bate mais rápido, por vezes o suor aparece, lágrimas quase saindo e uma busca pela calma, e então você ri uma risada seca entre os dentes, para dizer que está vivo, para cumprimentar o desespero.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A mais bela bunda da cidade

Começou quando me metera numa briga por algum motivo que não me recordo mais... para dizer a verdade, brigas, em geral, apenas demonstram quão ridícula a pessoa é ou pode ser. O fato é que eu estava lá, sóbrio, talvez louco, perdendo meu tempo. Ao ponto em que, passados longos minutos, já não queria mais discutir, desistindo daquele diálogo egocêntrico subconsciente.

Entra uma mulher, rija e esbelta, senta-se e pede algo ao barman. Deixei os idiotas para lá, voltei-me ao balcão e pedi uma cerveja - naquele momento eu beberia até água. Fitava-a com grande entusiasmo. Que bela bunda, pensei. Atração a primeira vista? Normal. Mas aquela mulher tinha algo especial, algo que ia além da bunda sedutora... Por um momento não consegui tirar os olhos dela, como um predador encara sua presa. Decidi sentar-me ao lado dela.
- Qual o seu nome?, perguntei.
- Raquel, mas me chamam de Ra. Nós nos conhecemos?
- Ainda não.

Ela riu e seguimos conversando por horas. Eu, ela e a bunda mais linda da cidade!

No fim da noite, ou início da manhã, ainda estávamos lá, quase de partida, entretanto. Perguntei se ela queria uma carona, ela recusou, não entro em carro de estranhos, disse. Aproximei-me e a beijei, enquanto apertava seu grande e formoso rabo. Ela mordeu meus lábios e se soltou.

- Tenho que ir! De verdade.
- Não te impedirei, retruquei.
- Até outro dia, mandou um beijo e saiu.
- Eu te amo! Tchau.

Talvez eu não a visse novamente, mas a amava... ela e a bunda que ela carregava. A bunda mais bela da cidade.

Entrei no carro. No fundo eu sabia que nos encontraríamos de novo, isso me confortava. Dei partida e saí noite-amanhecida a fora. Apenas um pensamento na cabeça.

domingo, 19 de agosto de 2012

valentine

Em determinadas ocasiões que se tornaram cada vez mais corriqueiras, eu deixava as oportunidades passarem, fugirem de mim. Nos momentos que sucediam essas fugas, não parecia tão ruim, mas a culpa e arrependimento vinham no dia seguinte. Não importava quão bebado eu estava, não importava quão ridícula e fácil fosse a oportunidade... eu continuava desperdiçando-as. Uma interminável porção de areia movediça se formava em minha mente e eu tentava SAIR de lá, eu tentava, eu tentava, não queria afundar, mas lutar era em vão, quanto mais eu me debatia para me salvar, mais eu afundava, mais eu estava morto. Repetidamente.

Acontecia também quando as oportunidades eram em forma de mulher, sempre escapavam. E o arrependimento vinha e a bebida não era suficiente para esquecer e os cigarros não eram suficientes para acalmar e nada parecia ser suficiente para confortar mais uma oportunidade perdida.

Dizem que só se tem uma grande chance na vida, eu já desperdicei diversas delas. E continuo sendo enterrado pela maldita areia movediça...


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

5 anos

O quanto mudamos em 5 anos? Eis o Eu de 5 anos atrás:

Dentro da minha mente eu sou,
eu sou,eu sou...
Dentro da minha mente eu me afugento
de coisas terriveis que existem.

[Chorus]
Nós somos o que queremos
e nao o que somos...
Eu nao quero ser assim,nao,nao quero!
Escondido por trás dessa máscara.

Mas me deixe,
Estou morrendo,ja nao sinto-me o mesmo
Eu nao quero ajuda,vá embora
Em breve serei apenas uma lembrança
Um drogado,um drogado,um drogado

Nós somos o que queremos
e nao o que somos...
Eu nao quero ser assim,não,não quero!
Escondido por trás dessa máscara.

sábado, 23 de junho de 2012

MAX PAYNE 3 PEQUENA NOTA DE INDIGNAÇÃO

"Melhor jogo do ano"
"Nota 10"
"Obra de arte!"

Essas são algumas das frases disparadas pelos retardados incautos que gostaram da terceira continuação da série MAX PAYNE.

O jogo tem gráficos excelentes, música excelente (grupo Health, vale a pena conferir), detalhamento de cenário excelente... etc... Tudo pra perfumar uma merda de jogo e fazer vender um produto em si horrível...

Max Payne 3 não tem nada a ver com seus antecessores. O nível de dificuldade é ridículo, o cenário mudou, agora você anda em linha reta, se você não andar, o jogo te força a andar automaticamente. É como, entrar em uma caixa, limpar, andar, entrar em outra caixa, limpar, andar... Os cenários são pequenas caixas repletas de objetos 3d e inimigos, algo que faz lembrar aqueles jogos de fliperama onde você com uma pistola, só enxergava uma mira no monitor e atirava...

Ilustrando, vejo Max Payne 1 e 2 como sendo SUNSET RIDERS do Snes... e Max Pyane 3 sendo a parte bonus do Sunset Riders, aquela que você tinha que ser rápido e atirar nos inimigos que apareciam....














Max Payne 1 e 2 - explorando o cenário
















MAX PAYNE 3 - JOGABILIDADE