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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lacoste, Armani e Givenchy ou A Crítica de Cinema

Tirei o mês de janeiro para assistir alguns filmes, o que sempre é bom, ou não.
Vi todos os films do Jim Jarmusch e outros.

Quanto a Jarmusch, não gostei do que vi. Seu mais conhecido filme é Ghost Dog. Um filme banal sobre um hitman e que não apresenta nada de novo no gênero. É lógico que Jarmusch tem suas particularidades que valem ser ressaltadas mas que não fazem merecer que se perca tempo assistindo seus filmes, uma delas é que ele faz cinema baseado na música. Sim. Ghost Dog foi feito sob influência do grupo Wu-tang clan. Iggy Pop, White Stripes e Tom Waits participaram como atores em alguns de seus filmes. Seu mais recente trabalho foi concebido sob o som das guitarras de Earth e Boris (o que não salva o filme de ser um fracasso experimental com espasmos Lynchianos).

Geralmente Jarmusch trabalha com atores péssimos e desconhecidos, seus filmes são monótonos e com diálogos fúteis o que faz arruiná-los ainda mais. Filmes estilizados dentro de táxis são coisas recorrentes no seu trabalho. Ele tem algum fetiche por táxis.
Enfim, coloco Jarmusch no grupo dos diretores de segunda classe junto com Scorcese.


Atores de primeira classe: Jeff Bridges, Willem Defoe, Jack Nicholson

Atores de segunda classe: Nicolas Cage, Edward Norton, Johnny Depp*


*Depp vem evoluindo bastante, se compararmos sua atuação em Piratas do Caribe com suas atuações em Janela Indiscreta e Dead Man, a evolução torna-se nítidamente grande. Depp foi a maior parte da sua carreira um rapazinho cagalhão com meia duzia de expressões, que vem amadurecendo desde Fear and Loathing. O que faz dele uma grande promessa do cinema, nos próximos 20 anos vamos ver filmes ótimos, pois o melhor de Depp ainda está por vir.


Agora vou ficar uns 6 meses sem ver filmes, cansei de presenciar cenários, locais, paisagens, ambientes, diálogos que NUNCA VOU TER. Cansei dessa ficção barata chamada cinema, onde os diretores são mais GRIFES do que artistas.
Os únicos diretores que se salvam no cinema são Lars von Trier e Coppola, esses dois trabalham com material humano e emoções e podem acrescentar algo na sua vida.